segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Histórias de Itapoá SC

02/11/2011


Há também lendas em outros lugares!

16/08/2010


A MULHER DE BRANCO DE ITAPOÁ/SC – A RUA  DA MULHER DE BRANCO


Contava José Maurílio, meu avô, que já é falecido, que há mais ou menos 40 anos, havia uma rua em Itapoá/SC, que era assombrada por uma mulher de branco.
Sempre à noite, quando meu avó passava nessa rua para tarrafear, ele avistava uma mulher de branco, carregando um caixão.
Os avós do meu avó falavam que era por causa dos piratas:
— Há séculos, os piratas enterravam ouro nesse lugar e não voltavam para buscá-lo.  Eles acabavam morrendo em alto mar e daí não retornavam.
O tempo foi passando e essa lenda foi ganhando mais vida. Muito comentada, chamava a atenção de muitos.
Itapoá começou a ter mais habitantes e mais gente procurava por tesouros dos piratas naquela rua. Conta meu avó que numa tarde de nuvens negras, uma pessoa misteriosa conseguiu achar uma panela de ouro ali na rua. Este ficou rico e desapareceu. Ninguém nunca mais ouviu falar nele. 

(Colaboração: Solange da Graça – Pedagogia ISEPE - 2010)



Escrito por opaulosilva@ig.com.br às 12h16
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06/07/2009


A LENDA DO BOITATÁ


A lenda do Boitatá é uma história antiga que fez e faz parte dos moradores da Barra do Saí, conhecido bairro de Itapoá/SC, mas que na década de 40 era tido como Vila.
Uma das moradoras, hoje (julho de 2009) com 74 é uma das moradoras que presenciou esse fato e, portanto, pode relatar muito bem as aparições do Boitatá.
Era uma “bola de fogo” que causava muito temor em todos os pescadores que iam tarrafear à noite. Entre um peixe e outro, eles se deparavam com este “ser” assustador, e sem muito pensar se afastavam correndo e alertando quem encontrassem pela frente, numa tentativa de evitar o perigo que iminente se aproximava.
Naquele tempo eu tinha 9 anos, e como era comum para o povo, as crianças trabalhavam. Eu fazia isso num pequeno moinho de farinha de mandioca junto com o meu pai. Esse moinho ficava a uns 2 km de minha casa. Geralmente o serviço ia até à boca da noite.
Teve um dia em que o meu pai precisou sair mais cedo e me recomendou que terminasse o serviço e depois fosse para casa pelo caminho mais seguro.
Foi ele também que me orientou para que  eu utilizasse uma espécie de lanterna caseira, feita de bambu, cuja extremidade formava um bastão e na outra tinha uma divisão em filetes bem fininhos aos quais se ateava fogo; assim servia para iluminar o caminho enquanto ia sendo consumido lentamente pelo fogo.
Eu era bem sapeca e ao acender aquela tocha tive uma brilhante ideia. Vou aproveitar essa oportunidade para fazer de conta que eu sou o Boitatá, só para ver o que acontece.
Segui o meu plano intrigante e fui descendo para a praia. Enquanto ia para casa, balançava o bastão de fogo. Ia em zigue-zague, ia e voltava, voltava e ia, e de vez em quando dava pulinhos. Sentia-me o máximo por imitar a tal “bola de fogo”.
Ao passar perto de moradias, para meu espanto, vi vultos que corriam para suas casas, assustados, numa aflição de dar dó. Ouvi gritos “Corre que lá invém o Boitatá!
E eu ria com o sucesso do meu plano. Nunca na vida havia dado tantas risadas e nem me divertido tanto.
Antes de chegar em casa, enterrei o resto do bambu na areia e o “Bola de fogo” sumiu.
Para minha sorte, em minha casa ninguém desconfiou de nada.
No outro dia, fiquei especulando cada comentário que surgia da boca dos moradores. Contavam uns para os outros a suposta aparição do Boitatá na noite anterior. Eu, que não era boba nem nada, fiquei caladinha e guardei o segredo por muito tempo.  

 (Colaboração : Sulmária Maria da Silva - Itapoá - Aluna do ISEPE)

Escrito por opaulosilva@ig.com.br às 17h23
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